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Esse blog tem como objetivo difundir a Música Popular Brasileira em geral, seja ela qual for: a música do Sul, a musica do Cariri, a Pajeuzeira ou mesmo outros ritmos de regiões diferenciadas. Nasci no Sertão do Pajeú, lugar onde a poesia jorra com muita facilidade e que os Poetas do Repente cospem versos com uma precisão incrível. Sempre tive esta curiosidade de fazer postagens e construir um blog. Aliás, criar um blog é simples e rápido, mas, o difícil mesmo é mantê-lo vivo e pulsante. Uma tarefa difícil e tem que ser feita com muita dedicação e precisão, sei que às vezes agradamos a uns e desagradamos a outros; também pudera, não somos perfeitos e isso acontece em todas as áreas e campos de trabalho. E para que o blog aconteça, tenho que desafiar o meu tempo e fazer propagar até aqueles que acessam e fazem aquisições de temas no gênero da música, da poesia e outros segmentos da cultura brasileira. Não tenho a experiência de um Blogueiro profissional, mas, como se diz: “Experiência só se conquista com tempo, perseverança e dedicação”. É isso aí, espero que curtam esse espaço que faço com exclusividade para vocês.


Obs.: Do lado direito do seu monitor adicionei uma rádio (Cantigas e Cantos) com a finalidade de que você leia e ao mesmo tempo ouça uma seleção musical exclusivamente feita por mim. Também inserí fotos Antigas da Capital da Poesia (S. José do Egito), fotos retiradas do Baú do Jornalista Marcos Cirano.


Texto: Gilberto Lopes

Criador do Blog.

domingo, 17 de setembro de 2017

Poesia: Alguns versos de Domingos da Fonseca














Alguns versos de Domingos da Fonseca

O destino me deixou
Igualmente um cão no cais,
Cai no mar buscando o dono
O mar o arroja pra trás,
Ele se sente vencido
Fica uivando e não vai mais.

Cedo fiquei sem meus pais
Chorando a minha orfandade,
Cada passo em minha vida
Foi uma fatalidade,
Cada dia um desengano
Cada noite uma saudade.

Aos meus dez anos de idade
Peguei o pinho e cantei,
Descansando aos dezessete
Aos vinte e sete voltei,
Foram os anos mais tristes
Que em minha vida passei.

Cantando me acostumei
A chorar meu sofrimento,
O riso vai para os lábios
A dor para o pensamento,
E nasce a rosa do verso
No jardim do sentimento.

A voz sinistra do vento
Tem vez que me inspira,
Como se um dedo invisível
Tocasse na minha lira,
Acompanhando os queixumes
De minha alma que suspira.

A luva que Deus atira
Nunca veio a minha mão,
E se veio desconheço
As cores dela quais são,
Se é negra vestiu minha alma
Se é branca não chegou não.

Domingos da Fonseca

(Taquigrafado por Rogaciano Leite)


Fonte: Cordel nos cocais

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