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Esse blog tem como objetivo difundir a Música Popular Brasileira em geral, seja ela qual for: a música do Sul, a musica do Cariri, a Pajeuzeira ou mesmo outros ritmos de regiões diferenciadas. Nasci no Sertão do Pajeú, lugar onde a poesia jorra com muita facilidade e que os Poetas do Repente cospem versos com uma precisão incrível. Sempre tive esta curiosidade de fazer postagens e construir um blog. Aliás, criar um blog é simples e rápido, mas, o difícil mesmo é mantê-lo vivo e pulsante. Uma tarefa difícil e tem que ser feita com muita dedicação e precisão, sei que às vezes agradamos a uns e desagradamos a outros; também pudera, não somos perfeitos e isso acontece em todas as áreas e campos de trabalho. E para que o blog aconteça, tenho que desafiar o meu tempo e fazer propagar até aqueles que acessam e fazem aquisições de temas no gênero da música, da poesia e outros segmentos da cultura brasileira. Não tenho a experiência de um Blogueiro profissional, mas, como se diz: “Experiência só se conquista com tempo, perseverança e dedicação”. É isso aí, espero que curtam esse espaço que faço com exclusividade para vocês.


Obs.: Do lado direito do seu monitor adicionei uma rádio (Cantigas e Cantos) com a finalidade de que você leia e ao mesmo tempo ouça uma seleção musical exclusivamente feita por mim. Também inserí fotos Antigas da Capital da Poesia (S. José do Egito), fotos retiradas do Baú do Jornalista Marcos Cirano.


Texto: Gilberto Lopes

Criador do Blog.

domingo, 6 de agosto de 2017

Poesia: "Ruínas da Casa Velha", um poema de Antônio Nunes



 Resultado de imagem para Casa Velha no sertão
 Foto: Imagem/Google

Ruínas da Casa Velha

Da idade dessa casa
Não sei a conta dos anos
Nas portas já carcomidas
Marcas de implacáveis danos
E as suas paredes tortas
Escondem lembranças mortas
Nas sobras dos desenganos

Pelos sóis quentes tiranos
Rachões surgiram na frente.  
Alguns tijolos caídos
No paredão do Poente
Que no silêncio deserto
Não dá pra dizer ao certo
Se foi morada de gente

O mato seco e o sol quente
No lugar que era o terreiro
Um pé de jurema Preta
Da flor não tem mais o cheiro
Um gato magro e com sono
Cochila esperando o dono
Sem saber seu paradeiro

Um velho pé de umbuzeiro
Que eu não sei quando caiu
O velho esteio quebrou-se
E depois da queda sumiu
Tem os restos de um pilão
Junto de um velho fogão
Que a gitirana cobriu

A telhado sucumbiu  
Pelo rigor dos mormaços
Hoje só resta os escombros
Sem cobrir mais os espaços
Ripas, linhas, caibraria
De longe assim parecia
Um esqueleto sem braços

Alguns restos dos pedaços
Das louças de seu patrono
Tiras de um lençol, recordam
Do barulho do ressono
Ecoando entre as cortinas
Penduradas nas ruínas
Da camarinha do dono

Depois de tanto abandono
E do tempo sofrer maldade
Quem passa por perto sente
Que ainda tem dignidade
E nos restos desse cenário
De vez em quando um canário
Canta sentindo saudade.

Antônio Nunes
Foto de perfil de Antonio Nunes Batista Nunesabn 

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