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Para Que Vim


Esse blog tem como objetivo difundir a Música Popular Brasileira em geral, seja ela qual for: a música do Sul, a musica do Cariri, a Pajeuzeira ou mesmo outros ritmos de regiões diferenciadas. Nasci no Sertão do Pajeú, lugar onde a poesia jorra com muita facilidade e que os Poetas do Repente cospem versos com uma precisão incrível. Sempre tive esta curiosidade de fazer postagens e construir um blog. Aliás, criar um blog é simples e rápido, mas, o difícil mesmo é mantê-lo vivo e pulsante. Uma tarefa difícil e tem que ser feita com muita dedicação e precisão, sei que às vezes agradamos a uns e desagradamos a outros; também pudera, não somos perfeitos e isso acontece em todas as áreas e campos de trabalho. E para que o blog aconteça, tenho que desafiar o meu tempo e fazer propagar até aqueles que acessam e fazem aquisições de temas no gênero da música, da poesia e outros segmentos da cultura brasileira. Não tenho a experiência de um Blogueiro profissional, mas, como se diz: “Experiência só se conquista com tempo, perseverança e dedicação”. É isso aí, espero que curtam esse espaço que faço com exclusividade para vocês.


Obs.: Do lado direito do seu monitor adicionei uma rádio (Cantigas e Cantos) com a finalidade de que você leia e ao mesmo tempo ouça uma seleção musical exclusivamente feita por mim. Também inserí fotos Antigas da Capital da Poesia (S. José do Egito), fotos retiradas do Baú do Jornalista Marcos Cirano.


Texto: Gilberto Lopes

Criador do Blog.

quarta-feira, 9 de agosto de 2017

Histórias de beiradeiro: Uma passada por São José do Egito


Quem chega no Checo’s Bar, em São José, pode até sair liso, mas com fome jamais. A sua cozinha é um primor, o seu cardápio o mais variado e a sua frigideira “multi-uso” atenderia aos mais rigorosos padrões dos mais renomados “chefs” franceses. E com um sem número de pratos (tira-gostos para os mais íntimos).

Ficamos a imaginar, um deses cozinheiros estrangeiros acompanhando a fritura de um preá, uma passarinha, um fígado de alemão, rolinha, piaba, a gota serena, na frigideira do velho Checo’s, que não tem o hábito de trocar o óleo jamais.

“O segredo está na mistura de sabores das iguarias” sentencia o grande “gourmet”, da nobre cozinha pajeuzense.

O cheiro das frituras de Checo atrai os narizes mais requintados da cidade e o preá frito na sua panela, é um dos pratos mais caros . No Sheco’s, tudo vira comida. Dizem que outro dia passou por lá um bebinho “em fim de linha” procurando um tira-gosto, “qualquer coisa que dê pra mastigar”.

Qualquer coisa pra essses bebinhos, é qualquer coisa mesmo, com exceção de dois bichos que por uma questão de ética não comem de jeito nenhum “do chão cururu e dos ares urubu”, o resto eles traçam .

– Checo, uma lapada de cana e um tira-gosto, pode ser qualquer coisa – pediu outro dia um bebinho que por ali passava, levado mais pelo vento do que pelas suas canelas.

O dono do estabelecimento sem querer atender ao bebinho, foi implacável :

– Tem mais nada não fulano, comeram tudo !

– Mas não é possível, eu não subi esta ladeira pra perder minha viagem não. Eu só saio daqui quando tomar uma e comer qualquer coisa. Ou bota ou eu não vou mimbora daqui e ainda fico perturbando; pode ir logo chamando a polícia que é um bichinho que eu não tenho medo de jeito nenhum!

Checo, pra evitar escândalos no seu estabelecimento, propôs ao cliente :

– Olha, agora de tiragosto eu só tenho mesmo o pano de café passado no óleo, é pegar ou largar.

No interior ainda se cultiva o hábito de coar o café num saquinho de flanela que é segurado por duas varetinhas de marmeleiro, que servem de cabos evitando que as pessoas se queimem quando do preparo da nossa bebida mais nobre. Com o tempo, esses saquinhos, por mais esvaziados que sejam, vão acumulando resíduo e ficando cada vez mais volumosos adquirindo uma aparência de carne ou coisa parecida.

O bebinho topou na hora. Checo tirou as varetinhas, colocou aquele troço na frigideira, com sal, vinagre e ainda cortou uma cebola de agrado.

O desgraçado comeu, bebeu a cachaça, pagou e desapareceu ladeira a baixo, alegre e feliz desafiando a lei da gravidade.

Dia desses estavam no Checo’s Décio com Ronaldo Piquinha e Antonio de Catarina, comemorando o aniversário do nosso confrade Lalá. Conversa vai, conversa vem, a fumaça da cozinha inundando todo o ambiente, Décio chamou o proprietário num canto do bar e lhe fez preocupado uma observação:

– Checo, eu tô vendo a hora dessa tua panela “bater” o motor!
– Tais ficando doido, Décio, por que ?
– Porque eu já ando aqui há muito tempo e nunca vi tu trocando o óleo dela!


Zelito Nunes

JORNAL BESTA  FUBANA

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